LUXEMBURGO - A União Européia suspendeu finalmente nesta segunda-feira (23/06), de forma oficial, suas sanções contra Cuba e lançou uma proposta de diálogo político com o governo de Raúl Castro, depois de um erro administrativo que adiou a decisão durante várias horas, indicou a presidência eslovena da UE.
Um erro administrativo da UE descoberto pela Suécia forçou nesta segunda-feira o adiamento da suspensão formal das sanções do bloco contra Cuba, apesar de não questionar o acordo alcançado na quinta-feira passada pelos 27.
A Suécia apresentou uma reserva de último momento após constatar que um anexo com as condições exigidas para a suspensão das sanções não foi incluído nas conclusões da presidência eslovena da UE.
"Não é um problema político, trata-se somente de uma questão de procedimento, de um erro administrativo", explicou à AFP uma fonte diplomática sueca.
A Suécia é um dos países que insistiu muito para incluir condições para a anulação das sanções de caráter diplomático, adotados em 2003 pela condenação de 75 dissidentes a duras penas de detenção e a execução sumária de três seqüestradores de uma lancha que pretendiam emigrar para os Estados Unidos.
Entre essas condições se inclui uma revisão "anual" das relações com Cuba, obrigando, em junho de 2009, que os 27 avaliassem "a efetividade do processo de diálogo político" com o governo de Raúl Castro.
Segundo as conclusões da presidência eslovena, a decisão de levantar as medidas adotadas contra Havana, impulsionadas pela Espanha, busca "facilitar o diálogo político", após reconhecer "as mudanças realizadas pelo governo cubano".