WASHINGTON - Os Estados Unidos tentaram minimizar nesta sexta-feira (20/06) o alcance do levantamento das sanções da União Européia contra Cuba, depois de terem expressado na véspera sua oposição.
A normalização será condicionada ao fato de que "os Estados Unidos e a União Européia partilham os mesmos objetivos em relação a Cuba: a liberdade, a democracia e os direitos universais do Homem", declarou o porta-voz do departamento de Estado, Sean McCormack.
O porta-voz recusou-se a usar a palavra "decepção" para qualificar a reação dos Estados Unidos à decisão européia de suspender sanções diplomáticas contra o regime cubano para encorajar os primeiros passos de Raul Castro na era pós-Fidel. "É uma divergência tática", contentou-se em dizer.
Afirmou que a UE anunciaria no início da próxima semana uma série de critérios que vão definir a normalização de suas relações com Havana. "Após nossas consultas, compreendemos que a União Européia vai fixar um certo número de critérios humanitários para seu diálogo com o governo cubano", declarou.
Segundo ele, esses critérios são "a libertação incondicional de todos os prisioneiros políticos, o respeito às convenções internacionais sobre os direitos civis e políticos, a liberdade de informação e o acesso dos cubanos à internet". Além disso, as delegações européias que irão a Cuba vão encontrar líderes da oposição, assim como os do governo, acrescentou. "Os critérios contêm em si uma mensagem sobre o que é realmente importante: o fato de que o governo cubano deve mudar sua maneira de tratar seus cidadãos".