Jerusalém - Mais de cem caças de combate F-15 e F-16 foram usados durante uma manobra militar israelense realizada no leste do Mar Mediterrâneo e na Grécia no início de junho para simular a resposta a um eventual ataque iraniano, disseram fontes no alto escalão do Exército dos Estados Unidos ao jornal The New York Times.
De acordo com a reportagem, publicada na edição de hoje do periódico americano, os aviões de guerra israelenses voaram mais de 1.500 quilômetros - a distância aproximada entre Israel e a cidade iraniana de Natanz - onde a república islâmica mantém uma usina nuclear. A manobra militar contou ainda com aviões de reabastecimento em pleno ar e de helicópteros para resgate de pilotos abatidos, prosseguiu o prestigiado diário nova-iorquino.
Questionado sobre o teor da reportagem, o comando militar israelense não confirmou nem desmentiu o treinamento. Por meio de um comunicado, o Exército de Israel limitou-se a declarar que as forças do país "realizam regularmente treinamentos de missões variadas com o objetivo de preparar-se e fazer frente aos desafios representados pelas ameaças ao Estado judeu". Mark Regev, porta-voz do governo israelense, não fez nenhum comentário adicional.
Uma fonte anônima no Pentágono, citada pelo New York Times, comentou que a manobra militar tinha os objetivos de demonstrar a capacidade aérea israelense e de assegurar aos EUA e a outros países que Israel teria capacidade de agir sozinho caso os esforços diplomáticos da comunidade internacional para persuadir o Irã a abandonar seu programa nuclear fracassem.
Israel e os Estados Unidos acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega, assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica e já declarou em diversas ocasiões que não pretende interromper suas atividades nucleares.