ROMA - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciou nesta quinta-feira (12/06) em Roma que aceita, apesar de desaprovar, a decisão da Suprema Corte que garante direitos constitucionais aos detidos na base naval de Guantánamo.
"Isso não significa que esteja de acordo, desaprovo a decisão", declarou Bush durante entrevista à imprensa junto com o chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi.
Foi a terceira vez que o mais alto tribunal dos Estados Unidos rejeitou os argumentos do governo Bush sobre o centro de detenção de Guantánamo, em Cuba, que possui 270 prisioneiros, apesar da reprovação internacional quase unânime.
Por cinco votos a quatro, a Corte estimou que embora Guantánamo seja oficialmente território cubano, a base funciona de fato como território americano, onde a Constituição deve ser aplicada.
Deste modo abrem-se as portas dos tribunais federais aos detidos que queiram denunciar eventuais maus-tratos e, principalmente, a legalidade dos tribunais militares de exceção, invalidados em junho de 2006 pela Corta Suprema mas reinstaurados meses mais tarde pelo Congresso.