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Colômbia espera que Farc sigam apelo de Chávez

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O governo colombiano demonstrou esperança de que a nova atitude do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de pedir às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que liberem seqüestrados gere resultados concretos. "Tomara que essa atitude se traduza em fatos. Se isso se traduzir em fatos, é uma notícia muito boa", disse o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, em entrevista à rádio Caracol. Santos se referiu ao pedido que Chávez fez no domingo (08/06) às Farc para libertarem os reféns "em troca de nada". O líder venezuelano também disse que a tática de guerrilha não tem lugar no mundo atual. Chávez disse que as Farc se converteram em "uma desculpa do império (os EUA) para ameaçar a todos." As Farc expressaram no passado sua simpatia por Chávez e alguns de seus chefes já se reuniram em Caracas com o presidente venezuelano. Até o momento, não houve comentários do grupo sobre as declarações. Sobre a manutenção da luta armada, Iván Márquez, um dos sete membros da direção do grupo, disse em comunicado de 5 de junho que a insurgência armada "é um direito universal que assiste a todos os povos do mundo". Márquez qualificou essa estratégia ainda como um "meio legítimo para se livrar da opressão". As Farc têm em seu poder 39 políticos, soldados, policiais e americanos que desejam trocar por 500 rebeldes presos na Colômbia. Mas para isso exigem a desmilitarização temporária dos municípios de Florida e Pradera, condição que o governo colombiano não aceita. O presidente da Venezuela intermediou para que as Farc libertassem unilateralmente em janeiro e fevereiro seis políticos que mantinham cativos. O ministro também disse acreditar no apoio da população. "Acredito que os vizinhos nos ajudarão a combater os grupos terroristas, e isso será uma afirmação magnífica se for traduzida em fatos e uma grande notícia porque isso indica que o fim das Farc está próximo", disse.