WASHINGTON - O virtual candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, reafirmou nesta quinta-feira (05/06) suas declarações sobre o estatuto de Jerusalém, declarando à rede americana CNN que Israel tem um "direito legítimo" sobre essa cidade.
"É evidente que são as partes que devem negociar o estatuto final de Jerusalém", disse Obama, acrescentando, contudo, que uma divisão dessa cidade seria "muito difícil de concretizar do ponto de vista prático".
"Seria inteligente trabalhar em um sistema no qual todo o mundo teria acesso aos extraordinários sítios religiosos da Cidade Velha", destacou. "Mas Israel tem um direito legítimo sobre essa cidade", insistiu Obama.
Na quarta-feira, Obama comentou que Jerusalém deveria "continuar sendo a capital de Israel" e "se manter indivisível", durante um discurso em Washington para delegados do American Israel Public Affairs Council (Aipac), o principal lobby pró-Israel nos Estados Unidos.
Esse discurso do candidato democrata, abertamente favorável a Israel, abordou um dos temas mais explosivos das negociações entre palestinos e israelenses.
Israel conquistou a parte árabe de Jerusalém durante a guerra de junho de 1967 e, depois, anexou-a. Essa anexação nunca foi reconhecida pela comunidade internacional. A quase totalidade das embaixadas, incluindo a dos EUA, está instalada em Tel Aviv.
Já os palestinos querem fazer de Jerusalém Leste, onde vivem quase 250 mil palestinos, a capital de seu futuro Estado.