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Juiz espanhol acusa 11 de planejarem terrorismo

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O juiz espanhol Ismael Moreno acusou formalmente quinta-feira (05/06) 11 supostos extremistas islâmicos por planejarem atentados suicidas contra a rede de transportes públicos de Barcelona. Segundo o processo, o grupo planejava explodir várias bombas na segunda maior cidade do país em janeiro. Nove dos suspeitos são paquistaneses e um deles é indiano. Um deles não teve a identidade revelada. Na acusação, Moreno, da Corte Nacional, acusa os suspeitos de pertencerem a uma organização terrorista e também de posse de explosivos. Dez dos suspeitos foram presos em 19 de janeiro, no bairro barcelonês de Raval, onde vive uma grande comunidade paquistanesa. Um dos acusados continua foragido e o magistrado expediu um mandado internacional de prisão contra ele. Ao vasculhar as residências dos suspeitos, a polícia encontrou uma pequena quantidade de equipamentos para fabricação de explosivos incapazes de produzir um grande atentado. Mas, segundo Moreno, essas substâncias serviriam para o treinamento do grupo. Ainda segundo o magistrado, os suspeitos tinham "capacidade operacional" e estavam perto de conseguir a "completa capacidade técnica em relação aos dispositivos explosivos". De acordo com Moreno, "os membros da célula terrorista desativada planejavam a realização de vários atentados terroristas suicidas entre 18 e 20 de janeiro, contra os meios públicos de transporte". Ele não entrou em detalhes, mas segundo a mídia espanhola o alvo seria o metrô. Se de fato ocorresse, esse ataque seria semelhante ao ocorrido em 11 de março de 2004 contra o sistema de transporte ferroviário de Madri. Morreram no atentado 191 pessoas; mais de 1.800 ficaram feridas. Uma semana após as prisões dos suspeitos de planejar os atentados em Barcelona, o ministro do Interior Alfredo Perez Rubalcaba disse que havia "dúvidas" sobre quão próxima a célula estava do ataque. Ele citou o fato de que o grupo não tinha uma quantidade significativa de explosivos.