A "guerra" pessoal do líder cubano Fidel Castro contra os governos dos Estados Unidos completa nesta quinta-feira (05/06) meio século, que será relembrada em uma carta publicada no jornal oficial Granma para comemorar o fato.
"Quando essa guerra acabar, começará para mim uma guerra muito maior: a guerra que vou lutar contra eles (americanos). Percebo que esse vai ser meu destino verdadeiro", escreveu Castro em 5 de junho de 1958, em sua guerrilha de Sierra Maestra.
Em uma breve carta a sua colaboradora Celia Sánchez (falecida em 1980) e que foi publicada em página inteira pelo Granma, o líder cubano expõe sua fúria após o bombardeio da aviação de Fulgencio Batista (1952-58) à casa de um camponês, com armas entregues por Washington.
"Ao ver os foguetes que foram atirados contra a casa de Mario, jurei que os americanos vão pagar bem caro pelo que estão fazendo", disse Castro, agora com 81 anos.
Após a chegada de Fidel ao poder em 1959, as relações entre Cuba e os Estados Unidos começaram a se deteriorar, que desencadeou, em 1961, na fracassada invasão da Baía dos Porcos, financiada e organizada pelos Estados Unidos.
Fidel Castro enfrentou durante seu mandato em Cuba 10 presidentes e 13 administrações americanas, pois três deles foram reeleitos.