O acordo que proíbe as bombas de fragmentação no mundo foi aprovado formalmente nesta sexta-feira (30/05) por 111 países reunidos em Dublin. O ambicioso texto, adotado após dez dias de negociações, que em alguns momentos registraram momentos de tensão, foi votado em sessão plenária no estádio de Croke Park, na capital da Irlanda.
Assinada por 111 países, a "Convenção sobre as bombas com submunições", conhecidas como bombas de fragmentação, condena o uso, a produção, a transferência e o armazenamento desse tipo de armamento, que causou a morte e a mutilação de milhares de civis no mundo. Os Estados que assinaram a Convenção se comprometeram a nunca utilizar essas armas, em nenhuma circunstância.
Mas os principais fabricantes e comerciantes dessas armas ; Estados Unidos, China, Rússia, Israel, Paquistão e Índia ; não participaram da Conferência de Dublin, e não assinarão o documento. O tratado, que inclui medidas de assistência às vítimas, estabelece um período de oito anos para que os países participantes deixem de produzir e armazenar as bombas e eliminem esse tipo de munições de seus arsenais. O convênio adotado em Dublin deverá ser submetido à assinatura dos Estados em uma cerimônia em Oslo nos dias 2 e 3 de dezembro, antes de sua ratificação.