Cientistas pediram, nesta quinta-feira (29/05), aos legisladores americanos que imponham a redução das emissões de gases provocadores do efeito estufa, enquanto o Senado se dispõe a debater o projeto de lei contra o aquecimento global, ao qual a Casa Branca se opõe.
Destacando o fracasso americano na hora de promulgar leis que reduzam as emissões de gases causadores do efeito estufa, a União de Cientistas Comprometidos (UCC) divulgou um comunicado assinado por 1.700 especialistas, pedindo "cortes rápidos e profundos".
"Quanto mais esperarmos, mais difícil e custoso será limitar a mudança climática", diz a nota, que pede que se reduza em 80% as emissões desses gases até 2050, em relação aos níveis de 2000.
"O primeiro passo nessa direção seria uma redução de 15% a 20% em relação a 2000 para 2020", acrescenta o texto. O comunicado antecede o debate previsto para a próxima semana, no Senado, sobre legislação ambiental, conhecido como o projeto de lei Lieberman-Warner, ao qual o presidente George W. Bush se opõe.
"Até a data, as iniciativas voluntárias provaram ser insuficientes", alega o texto da UCC. "É essencial um forte compromisso para reduzir as emissões por parte dos Estados Unidos para dirigir o progresso climático internacional", acrescenta a associação, referindo-se ao pedido do presidente Bush, no mês passado, para se estabelecer objetivos voluntários para conter o crescimento dessas emissões.
A nota explica que a UCC não defende medidas legais específicas para alcançar as metas estabelecidas, e sim, que "devem ser aprovadas políticas para pôr os Estados Unidos, um dos maiores poluidores do mundo, no caminho certo".