Uma manifestação estudantil contra a nova Lei Geral de Educação (LEG), que está sob exame do Parlamento, terminou com mais de 300 estudantes presos, informou a polícia chilena.
Em um dos mais violentos protestos desde as greves de 2006, os alunos de várias universidades e colégios reclamaram da pouca participação dos estudantes no projeto que se encontra no Parlamento.
Em Santiago, a polícia deteve 98 pessoas que se dirigiam ao Ministério de Educação (Mineduc) para entregar uma carta de reivindicações à ministra Mônica Jiménez. As demais detenções ocorreram em outras cidades do Chile.
A ministra de Estado, apesar da ação policial, disse que "as portas do Mineduc estão abertas para estabelecer um diálogo". Já o ministro do Interior, Edmundo Pérez Yoma, lembrou aos estudantes que "todas suas demandas foram atendidas de maneira satisfatória".
Revolução dos Pingüins
Segundo Pérez Yoma, o atual movimento é muito menor do que originou a denominada 'Revolução dos Pingüins', em 2006. Nesse ano, os estudantes secundários e universitários do Chile protestaram contra a má qualidade da educação, numa das maiores revoltas sociais em três décadas.
Devido às manifestações em massa e enfrentamentos com a polícia, o governo de Michelle Bachelet anulou a lei anterior e colocou em discussão a LEG.