Brasília - O comandante do Exército colombiano, general Mario Montoya, ofereceu recompensa em troca de informações que permitam às autoridades localizar o túmulo onde foi enterrado o nº 1 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Manuel Marulanda. O valor da recompensa varia entre US$ 55 mil e US$ 3 milhões, de acordo com a qualidade da informação. As informações são da agência argentina Telam.
De acordo com um comunicado da guerrilha, Marulanda morreu de ataque cardíaco no dia 26 de março. A morte, entretanto, foi confirmada apenas no último dia 25. Uma das hipóteses levantadas pelo governo da Colômbia é que o líder teria sido vítima de três bombardeios ocorridos no mesmo dia, na região onde ele supostamente se encontrava.
;De acordo com a informação, estabeleceremos o valor. A única coisa certa é que, se nos derem essa informação, vão receber o dinheiro;, disse Montoya. O oficial assegurou que, para o governo colombiano, é ;importantíssimo; fazer o reconhecimento do cadáver. ;Indiscutivelmente, isso se converte em um objetivo para nós, uma tarefa.; Segundo Montoya, o túmulo de Marulanda estaria em um local de selva localizado no departamento (estado) de Meta ou de Caquetá, no sul da Colômbia, bombardeados por autoridades do país em datas próximas à da morte do líder.
Manuel Marulanda Vélez, também conhecido como Tirofijo (tiro certeiro), tinha 78 anos e foi um dos fundadores do grupo armado, em 1964. Ele foi o terceiro membro do secretariado das Farc a morrer em março. No dia 1º, Raúl Reyes morreu em um bombardeio de militares colombianos em território equatoriano e uma semana depois, Iván Ríos foi assassinado por um guarda-costas.
O sucessor de Marulanda é Alfonso Cano, segundo comunicado do Ministério da Defesa. Ele nasceu no dia 22 de julho de 1948, é antropólogo e considerado um dos principais ideólogos das Farc.