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Violência contra imigrantes na África do Sul diminui

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Brasília - A violência contra imigrantes na África do Sul diminuiu nos últimos dias, a situação está mais tranqüila e não há registro de mortes, segundo a diretora de comunicação da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) no país, Alessandra Vilas Boas. A organização presta assistência às vítimas dos atos de xenofobia que começaram na cidade de Johanesburgo e, segundo relatos, se estenderam à Cidade do Cabo, capital legislativa, e a Durdan. ;Nos últimos dias os episódios de violência se acalmaram, mas ainda existe um grande número de pessoas alojadas em locais que não estão preparados para receber tanta gente;, conta Alessandra. Segundo ela, existem pelo menos 50 mil desabrigados, além de 56 mortos em conseqüência dos ataques. O conflito começou no dia 11 de maio na comunidade de Alexandra e logo se alastrou por outras comunidades, chegando ao centro de Johanesburgo uma semana depois. Os imigrantes atacados são do Zimbábue, de Moçambique, da Somália e outros países africanos e estão abrigados em delegacias, centro comunitários e igrejas. ;Algumas dessas pessoas já estão nesses locais há mais de duas semanas e o que a gente tem visto é que essa situação tem se deteriorado. As condições de higiene são precárias, muitas pessoas ainda dormem do lado de fora, ao relento, e as condições de saneamento estão longe de ser as ideais;, diz a diretora do MSF. Alessandra também afirma que não presenciou os ataques, mas as vítimas geralmente têm marcas de espancamento, de queimaduras ; alguns morreram queimados vivos - e de ferimentos a bala. Os ataques são organizados e não aparentam ter também razões raciais. Segundo ela, antes do pico de violência os imigrantes já recebiam tratamento xenofóbico das autoridades sul-africanas. ;Os estrangeiros já estavam em situação de vulnerabilidade e tinham receio de procurar assistência médica e serem deportados. No final de janeiro deste ano, houve um ataque de policiais no meio da noite a imigrantes do Zimbábue que viviam em uma igreja metodista no centro de Johanesburgo. Alguns foram presos e a polícia foi muito violenta;. Muitos imigrantes estão voltando aos países de origem, mas Alessandra diz não saber se isso é espontâneo ou forçado pela falta de proteção.