Os agricultores argentinos anunciaram, nesta terça-feira (27/05), uma nova paralisação da venda de grãos destinados à exportação, que vai de quarta até a próxima segunda.
As entidades agropecuárias lançaram um plano de protesto que inclui a suspensão da venda de gado para abate no mesmo período, de acordo com um comunicado lido em uma entrevista coletiva por Mario Llambías, um dos líderes do setor.
O protesto prevê ainda a instalação de acampamentos nas principais cidades e um pedido de mediação institucional para desbloquear o conflito com o governo, entre outras medidas.
As quatro principais entidades agropecuárias argentinas anunciaram a greve, depois que o Partido Justicialista (PJ), da situação, divulgou uma dura nota, classificando o protesto de "ataque antidemocrático com intenção golpista".
Essa queda-de-braço já se arrasta por mais de 70 dias. O documento do PJ, cuja liderança está nas mãos do ex-presidente Néstor Kirchner (2003/2007), também faz uma enérgica defesa do governo de Cristina Kirchner.
O conflito entre os produtores e o governo começou em março passado, quando se implementou um sistema de tarifação móvel sobre as exportações de grãos.