LONDRES - A organização de proteção do meio ambiente Cool Earth, com sede em Londres, disse ter ficado "chocada", nesta terça-feira (27/05), depois que a imprensa brasileira divulgou informações sobre a abertura de uma investigação a respeito de suas atividades na Amazônia.
"Estamos chocados, porque não possuímos nenhuma terra na Amazônia. Financiamos diferentes projetos por intermédio de parceiros", explicou à AFP Matthew Owen, diretor da Cool Earth, acrescentando que não recebeu "nenhuma notificação" de investigação no Brasil.
Na segunda-feira, o jornal O Globo publicou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) abriu uma investigação sobre um dos fundadores da Cool Earth, o empresário Johan Eliasch, que possui dupla cidadania (britânica e sueca). Ele teria dito que se poderia comprar toda a Amazônia por US$ 50 bilhões.
"Eliasch realizou, entre 2006 e 2007, reuniões com empresários e propôs que comprassem terras na Amazônia, chegando a afirmar que seriam necessários 'apenas' US$ 50 bilhões para adquirir toda a floresta", informou O Globo, citando relatório da Abin.