PEQUIM - O terremoto de 12 de maio na China deixou 67.183 mortos confirmados e 20.790 desaparecidos, segundo balanço ainda provisório anunciado nesta terça-feira (27/05) pelo governo. O número de feridos no terremoto, de 8 graus na escala Richter, chega a 361.822, de acordo com o porta-voz do governo, Guo Weimin. O balanço anterior registrava 65.080 mortos e 23.150 desaparecidos.
O porta-voz do governo disse ainda que 15 milhões de pessoas terão que ser realojadas. O tremor afetou quase 45 milhões de habitantes, a grande maioria na província de Sichuan. Segundo as autoridades, encontrar sobreviventes da catástrofe nesta altura seria um milagre. Mais de duas semanas depois do terremoto, o mais grave na China em 32 anos, as equipes de emergência priorizam a ajuda aos desabrigados e o atendimento aos feridos.
As vítimas precisam de abrigos, assim como de água potável. A situação precária, agravada pela chegada de um período mais chuvoso, provoca o temor de epidemias.
A ajuda internacional aumentou nos últimos dias, principalmente no que diz respeito ao atendimento médico. O país ainda sofre com os riscos de ruptura de represas e inundações, o que obriga mais de 2 mil soldados e engenheiros a utilizar dinamite para desbloquear o curso dos rios que estão repletos de escombros.
Um total de 80 mil pessoas ameaçadas pela ruptura de uma represa natural formada por um deslizamento de terra após o terremoto de serão evacuadas, anunciou a agência oficial Xinhua (Nova China). As autoridades tentam se mostrar tranquilizadoras e afirmam que a situação geral está "sob controle", mas reconhecem que as chuvas e tempestades previstas para esta semana podem agravar as coisas. Os locais mais ameaçados foram completamente drenados e os demais foram parcialmente esvaziados.