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Olmert afirma que não havia outra opção a não ser dialogar com a Síria

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JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert explicou nesta segunda-feira (26/05) que não tinha outra escolha a não ser iniciar negociações de paz com a Síria, relatou há pouco um funcionário israelense de alto escalão que preferiu não ter o nome divulgado. "O que inclinou a balança a favor dessas negociações era saber se íamos entrar em confronto com a Síria por um erro de avaliação", afirmou Olmert à comissão parlamentar de Assuntos Exteriores e Defesa, que se reúne a portas fechadas, informou. "Nesse caso, sem dúvida haviam me perguntado como é que os sírios buscaram a paz e eu sequer contemplei essa possibilidade", acrescentou Olmert. "Qualquer um em minha situaçao entende que essa iniciativa envolve uma grande prudência e que a discrição é indispensável", acrescentou o chefe de governo israelense antes de indicar que os contatos começaram em fevereiro de 2007. "Ninguém aconselhou Israel a se abster de negociar a paz, e obviamente informei nossos aliados mais próximos", acrescentou Olmert referindo-se aos Estados Unidos. Após oito anos de silêncio, Israel e Síria anunciaram na quarta-feira passada que haviam retomado negociações indiretas por intermédio da Turquia, referentes a uma retirada israelense das Colinas de Golã, conquistada em 1967 anexada em 1981, em troca da paz. O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, também justificou as negociações indiretas com a Síria. "O interesse supremo do Estado de Israel é fazer com que a Síria saia do círculo de violência, assim é lógico estabelecer conversações" com Damasco, declarou Barak diante do grupo parlamentar do Partido Trabalhista.