Colombo - Pelo menos sete pessoas morreram na explosão de uma bomba atribuída ao Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE) nas proximidades de uma estação ferroviária de Colombo, a capital do Sri Lanka. Sessenta e duas pessoas ficaram feridas no atentado, ocorrido perto da estação de Dehiwala, durante a hora do rush. Imagens na televisão mostravam pedaços da parte superior da composição destruídos e janelas estilhaçadas. O serviço ferroviário na região ficou interrompido.
O general de brigada Udaya Nanayakkara, porta-voz das forças militares do país, afirmou que o LTTE era responsável pelo ataque. O porta-voz do grupo ainda não havia comentado o fato. Os rebeldes geralmente negam a autoria desse tipo de atentado.
O LTTE, acusado por vários atentados suicidas e de outros ataques a civis, é considerado um grupo terrorista por Estados Unidos, União Européia (UE) e Índia. No mês passado, uma explosão atribuída à organização em um terminal de ônibus matou 26 pessoas. O grupo luta desde 1983 para criar um território independente para os tâmeis. Essa minoria étnica tem sido marginalizada por sucessivos governos controlados pela maioria cingalesa. Mais de 70 mil pessoas já morreram no conflito.
Também nesta segunda-feira (26/05), um comunicado das forças militares do Sri Lanka informou que helicópteros bombardearam uma posição do grupo no norte do país. O ataque ocorreu na vila de Andankulam, no distrito norte de Mannar. Não foi informado se houve vítimas.
Neste domingo, um confronto entre rebeldes e militares matou 21 insurgentes e um soldado, segundo informações oficiais. Geralmente os dois lados exageram o número de mortos do oponente e minimizam suas baixas - não há informações independentes sobre o conflito, que ocorre em regiões de difícil acesso e nas quais a entrada da imprensa e de observadores internacionais é proibida.