Autoridades policiais interrogaram nesta sexta-feira (23/05) pela segunda vez o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, sobre um caso de corrupção que ameaça sua carreira política e os esforços de Israel no frágil esforço de paz com a Síria e os palestinos. A polícia suspeita que Olmert tenha recebido ilicitamente US$ 1 milhão do empresário judeu americano, Morris Talansky, principal testemunha do caso.
Se confirmada a suspeita, Olmert poderá ser acusado por recebimento de suborno, lavagem de dinheiro e violação da lei de financiamento das campanhas eleitorais. Olmert já reconheceu ter recebido dinheiro de Talansky para campanhas políticas, mas afirma que as finanças de suas campanhas eram da responsabilidade de seu amigo Uri Messer, que foi interrogado ontem. O chefe de governo israelense nega ter cometido qualquer crime e promete renunciar caso venha a ser acusado formalmente.
Hoje, o primeiro ministro foi interrogado durante uma hora em sua residência de Jerusalém, informou o porta-voz policial, Micky Rosenfeld. Foi seu segundo depoimento no caso - o primeiro foi há duas semanas. Fontes policiais adiantaram que Olmert será chamado a prestar depoimento pela terceira vez, dentro de uma semana, quando terá de dar detalhes sobre "cada dólar" que recebeu do empresário.