NOVA YORK - Brasil, Argentina e Chile estão na lista de 15 países escolhidos nesta quarta-feira (21/05) em Nova York para integrarem o Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Em uma votação na Assembléia Geral das Nações Unidas, França e Grã-Bretanha também foram designadas para ocupar os dois lugares reservados à Europa Ocidental, deixando de fora a Espanha, que também havia se candidatado.
Representando a América Latina, Argentina e Chile substituem Guatemala e Peru, enquanto o Brasil foi eleito pela segunda vez consecutiva para o mandato de três anos. Cuba, Bolívia, Nicarágua, México e Uruguai também são membros do organismo.
Polêmicas
A escolha dos países para ocupar as 15 vagas (de um total de 47) disponíveis do Conselho, com sede em Genebra, foi acompanhada por várias polêmicas.
Várias ONGs fizeram campanha contra candidatos que não consideram merecedores de integrar o Conselho. A Humam Rights Watch (HRW), por exemplo, foi contra a candidatura do Sri Lanka, que acabou de fora. No grupo asiático, entraram Japão, Paquistão, Coréia do Sul e Barein.
Na Assembléia Geral estão representados os 192 países membros da ONU. Para ser escolhido, um país deve obter a maioria absoluta de 97 votos. Este ano, apenas 19 países competiam pelos 15 assentos vagos, divididos proporcionalmente por zonas geográficas.
Para África e América Latina, o número de candidatos coincidiu com o número de lugares disputados: quatro africanos (Burkina Faso, Gabão, Gana e Zâmbia) e os três latino-americanos (Argentina, Brasil e Chile).
Todos foram eleitos nos dois grupos. O Brasil obteve 175 votos, a Argentina, 172 votos, e o Chile, 176. Ucrânia e Elovênia completam a lista de 15 países escolhidos nesta quarta-feira.
O Conselho de Direitos Humanos foi criado em 2006 em substituição à Comissão de Direitos Humanos, desacreditada por suas regras frouxas que permitiam que países com pobre desempenho na matéria ocupassem um lugar e se esquivassem da fiscalização.
Os Estados Unidos - grande financiador da Comissão - não aprovou a criação do Conselho, alegando que suas regras não garantem sua eficácia, e se recusa a integrá-lo.