PARIS - O fóssil de uma ratazana gigante encontrado no Uruguai e que teria vivido há cerca de quatro milhões de anos criou uma grande polêmica: seu peso que, em janeiro, foi estimado em uma tonelada, foi reduzido drasticamente após investigações da Universidade de McGill de Montreal. A pesquisadora Virginie Millien realizou novos cálculos a partir da mandíbula do fóssil, comparando-a com uma mostra muito mais ampla de roedores. Sua conclusão é que o animal, "sem dúvida é o maior roedor descoberto até o momento, não deve pesar mais de 350 kg".
O estudo foi publicado nesta terça-feira (20/05) pela revista britânica Proceeding of the Royal Society B, assim como o primeiro realizado por Andres Rinderknecht, do Museu Nacional de História natural e Antropologia, e Ernesto Blanco, do Instituto de Física, ambos de Montevidéu, publicado em janeiro.
Esses pesquisadores haviam sido os primeiros a divulgar a descoberta desse roedor gigante, com uma cabeça medindo 53 centímetros. Eles estimaram que o peso poderia oscilar entre 468 quilos a 2,5 toneladas, segundo os sistemas de avaliação, e estabeleceram como uma tonelada sua cifra mais provável.
O roedor foi batizado de Josephoartigasia monesi, em homenagem a Álvaro Mones, um paleontólogo uruguaio especialista em roedores da América do Sul. Apesar das medidas impressionantes, se tratava de um animal herbívoro.