GENEBRA - A escalada de violência na África do Sul, principalmente dirigida contra os imigrantes, obrigou 13 mil pessoas a abandonar suas casas para se refugiar em igrejas e centros sociais, anunciou nesta terça-feira (20/05) a Organização Internacional para as Migrações (OIM). "Treze mil pessoas tiveram que abandonar suas casas para se refugiar em igrejas e centros paroquiais, a maior parte deles sem seus pertences", declarou o porta-voz da OIM, Jean-Philippe Chauzy. "As organizações humanitárias, entre elas a Cruz Vermelha sul-africana, distribuirão na quarta-feira kits que contêm roupas e produtos de higiene", disse o porta-voz.
Mais de vinte pessoas foram assassinadas em uma semana nos bairros de chabolas e nos antigos guetos de Johannesburgo, em uma onda de violência xenófoba. A OIM deverá difundir mensagens contra os atos violentos através de emissoras de rádio regionais da África do Sul.
Segundo a OIM, entre dois e cinco milhões de imigrantes procedentes do restante do continente vivem na África do Sul e a maioria trabalha no setor informal. Entre eles, um milhão vêm do Zimbábue, onde a crise política suscitou a fuga de milhares de pessoas do país.