DUBAI - O líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, atacou os líderes ocidentais por sua participação nas celebrações dos 60 anos de Israel e reiterou que os muçulmanos não deixarão "nem uma polegada da Palestina", em uma mensagem de áudio divulgada nesta sexta-feira na internet. "A participação dos líderes ocidentais nas celebrações dos judeus confirma que o Ocidente apóia a ocupação odiosa de nosso país (Palestina) e se coloca na mesma trincheira de Israel contra nós", declarou Bin Laden na mensagem que é atribuída ao líder terrorista.
"Prosseguiremos, com a ajuda de Deus, o combate contra os israelenses e seus aliados e não renunciaremos nem a uma polegada da Palestina enquanto restar um só muçulmano honesto sobre esta terra", acrescentou. "A jihad (guerra santa) é um dever para libertar a Palestina", completou o líder da rede terrorista na mensagem, apresentada como uma explicação para os ocidentais das "causas do conflito (israelense-palestino) no 60º aniversário do Estado de ocupação israelense".
A mensagem foi divulgada no momento em que o presidente americano, George W. Bush, deixava Israel para viajar a Riad, depois de três dias de visita ao Estado hebreu, onde participou nas comemorações de aniversário de fundação. Durante a visita, Bush manifestou apoio incondicional a Israel, sobretudo ante a ameaça do Irã. Em troca foi muito aplaudido.
Nos dez minutos de mensagem, Bin Laden também fala do "massacre de Gaza", uma referência às operações militares israelenses contra os ativistas do Hamas na Faixa de Gaza, que o grupo islamita palestino controla desde junho de 2007. A última mensagem de áudio de Bin Laden datava de 20 de março, com um pedido de apoio dos muçulmanos à insurreição no Iraque. O homem mais procurado do mundo, por quem os Estados Unidos oferecem 25 milhões de dólares, também reivindicou a autoria dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Pouco antes da divulgação da mensagem de Bin Laden, uma unidade da Al-Qaeda defendeu a realização de atentados contra os não muçulmanos que viajam à Península Arábica em um editorial de seu jornal eletrônico, segundo o grupo Site, uma organização não-governamental que monitora sites de grupos extremistas. "Não corram o risco, sejam jornalistas ou turistas, diplomatas, cientistas ou especialistas, porque serão alvos dos mujahedines", adverte o texto.