CARACAS - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pôs em revisão nesta quinta-feira (15/05) as relações com a Colômbia, depois que a Interpol anunciou não ter encontrado provas de modificação nos arquivos de computador apreendidos das Farc e que foram entregues à polícia internacional pelo próprio governo colombiano.
"Por isso, nós somos obrigados a colocar de novo as relações com a Colômbia em uma profunda revisão, de novo, no político, no diplomático, no econômico, tudo", disse o presidente venezuelano, em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros.
"Continuam agredindo, e esse de hoje, esse show vergonhoso, é um novo ato de agressão (...) não têm vergonha", acrescentou. Chávez pediu ao diretor da polícia científica venezuelana, Marcos Chávez, e ao ministro do Interior e Justiça que estude a possibilidade de que a Venezuela saia da Interpol e inicie a criação de outra polícia internacional.
"Creio, Marcos, que nós que estamos na Interpol, temos de rever ali, o que é isso, como funciona, se é que vale a pena estar na Interpol com um secretário-geral como esse e quantos mais houver ali, mafioso, vagabundo, ignóbil e não sei quantas coisas mais, por favor, aqui, somos gente séria de verdade, eu quero que você revise isso, Rodríguez Chacín", determinou.
"Nós podemos articular uma organização internacional da Alba e outros países europeus, gente séria, para continuar lutando contra o crime internacional, narcotráfico, lavagem de capitais, mas com a gente", acrescentou Chávez.
Chávez disse ainda que o relatório afetará as relações comerciais com a Colômbia: "Quem vai investir com este clima?! (...) Os empresários colombianos estão perdendo dólares, são os que mais pedem e recebem, mas vamos revisar isto". Segundo Chávez a Colômbia não é imprescidível já que eles podem conseguir produtos alimentícios como outros países como o Brasil.