O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, apresentou hoje (07/05) seu plano econômico para diminuir o Estado. Lugo não pretende, porém, privatizar as empresas públicas deficitárias, mas diversificar a produção com a utilização de energia elétrica das usinas que o Paraguai compartilha com Brasil e Argentina. Em entrevista coletiva no início do dia, o ex-bispo católico deixou seu futuro ministro da Economia, Dionisio Borda, explicar seus projetos de "reativação econômica, diversificando a plataforma produtiva tendo como base a utilização da energia elétrica das usinas hidrelétricas binacionais de Itaipu (também dirigida pelo Brasil) e de Yacyretá (administrada com a Argentina);.
Borda pediu a compreensão dos funcionários e dos cidadãos, para governar com racionalidade de recursos. Aparentemente, referia-se a possíveis demissões de servidores públicos considerados desnecessários e aos projetos para impor austeridade aos gastos oficiais. O Estado é o maior empregador do país, com 220 mil funcionários, a maioria integrante do Partido Colorado, que perdeu o poder nas últimas eleições, após 61 anos. Segundo o futuro ministro, os funcionários temporários devem ser dispensados.