CIDADE DO MÉXICO - O México vive uma recrudescência da violência ligada ao crime organizado, marcada neste fim de semana pela morte de 11 pessoas, sendo quatro policiais federais no estado de Sinaloa (nordeste) e sete criadores de gado no estado de Guerrero (sul), segundo as autoridades mexicanas. Dois dirigentes da polícia federal já foram assassinados esta semana na capital mexicana, e outros dois policiais municipais foram mortos em Sinaloa, segundo o jornal Universal.
"Esta reação do crime organizado ilustra o combate sistemático empreendido pelo Estado mexicano", comentou o ministro da Segurança pública, Genaro Garcia Luna, durante cerimônia em homenagem aos policiais assassinados pelos membros dos cartéis. O governo do presidente Felipe Calderon mobilizou 36 mil militares e milhares de policiais nos estados onde atuam os cartéis, sobretudo em Sinaloa, feudo do traficante Joaquin El Chapo Guzman que fugiu de um presídio de segurança máxima em 2001.
No dia 2 de maio, soldados e policiais prenderam em Sinaloa 13 membros do cartel local e apreenderam armas e 379 mil dólares. Em Iguala, no estado de Guerrero, sete pessoas foram mortas e oito feridas, em maioria criadores de gado reunidos que deviam participar de uma convenção em ataque conduzido por um comando de oito bandidos. Desde o início do ano, o México registrou mais de 1.100 homicídios ligados ao crime organizado.