PARIS - O chanceler francês Bernard Kouchner reconheceu, nesta sexta-feira (02/05), que não está muito otimista em relação às chances de uma libertação a curto prazo da refém franco-colombiana Ingrid Betancourt, mas deixou claro que considerava útil sua recente viagem por três países sul-americanos. "Não estou muito otimista a respeito das chances de libertação a curto prazo de Ingrid Betancourt;, reconheceu Kouchner em entrevista concedida à rádio privada RTL. "Mas creio que o que temos feito para retomar contato com os três países é nosso dever", acrescentou.
Na segunda-feira desta semana, o chanceler francês iniciou uma viagem de três dias por Colômbia, Equador e Venezuela para tentar retomar o diálogo entre esses três países, em contexto de tensão regional, para tentar obter progressos no tema dos reféns mantidos pela guerrilha colombiana das Farc. "Nossos contatos foram cortados. Precisamos retomar a linha de nossos contatos", ressaltou o ministro francês. "Acho que isto foi muito útil", afirmou.
"O que é muito importante é que agora (a questão dos reféns) envolve toda a América Latina. Isto inclui os presidentes, os governos, assim como as pessoas nas ruas. Aqueles que sabem o que fazemos nos aplaudem", acrescentou.