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Austríaco que manteve filha em cativeiro trabalhou no Brasil

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Josef Fritzl, o austríaco que admitiu ter mantido a própria filha em cativeiro durante 24 anos, teria trabalhado na construção de uma hidrelétrica no Brasil na década de 60, segundo uma reportagem do jornal austríaco Kurier. De acordo com o jornal, a informação foi obtida com um ex-colega de Fritzl. Segundo a reportagem, o técnico em eletrônica trabalhou, até 1967, para a Voest Alpine, uma empresa especializada na construção de usina hidrelétricas no mundo todo com sede na cidade austríaca de Linz. Hoje, o departamento da Voest que cuidava da construção de equipamentos hidráulicos, a VA Tech Hydro, pertence a uma outra empresa, de nome Andritz. A reportagem da BBC Brasil entrou em contato com o departamento de comunicação de ambas as corporações, mas foi informada que elas não possuem mais registros de seus funcionários daquela época. O autor da reportagem do Kurier, Harald Schume, disse à BBC Brasil que a informação foi obtida com Markus Pieske, ex-funcionário da Voest Alpine nos anos 60. Segundo Schume, Pieske, porém, não soube precisar o ano nem o local em que Fritzl teria estado no Brasil. A suposta passagem de Josef Fritzl pela cidade de Linz também suscitou uma nova polêmica. O jornal local Ö Nachrichten publicou a entrevista de uma mulher, não identificada pela reportagem, que afirma ter sido violentada por ele na cidade no ano de 1967. Segundo ela, Fritzl teria cumprido 18 meses na prisão pelo crime, cujos registros teriam prescritos no início dos anos 80. Há também a suspeita de que Fritzl possa estar envolvido na morte de Martina P. Em 22 de novembro de 1986, o corpo da jovem de 17 anos foi encontrado com sinais de violência sexual à beira do lago de Mondsee, perto do local onde Fritzl mantinha uma pensão junto com a esposa. Em entrevista coletiva realizada na tarde de quinta-feira, o chefe de polícia da Áustria Baixa, Franz Polzer, afirmou que as autoridades vão investigar todo o passado do acusado para verificar se ele esteve envolvido em outros crimes.