BUENOS AIRES - Confirmado o julgamento do ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-99) como parte de um processo que investiga seu envolvimento em vendas ilegais de armas à Croácia e ao Equador entre 1991 e 1995.
A câmara penal para crimes do colarinho branco ratificou a decisão do juiz Rafael Caputo, que havia responsabilizado Menem,77 anos, em setembro passado por participação em contrabando agravado. O magistrado também havia proibido a saída de Menem do país sem permissão.
O julgamento oral por contrabando de armas, que envolve vários ex-funcionários do governo Menem, deveria começar no dia 6 de maio, mas foi adiado para 8 de julho pelo Tribunal Oral da Câmara Penal Econômica N°3, informou a fonte.
O contrabando
Menem assinou três decretos segundo os quais os embarques de fuzis, canhões, morteiros, foguetes antitanque e munições tinham como destino o Panamá e a Venezuela, mas na realidade foram para a Croácia e o Equador.
Por este assunto, Menem que esteve preso durante cinco meses em 2001, foi deixado em liberdade por uma sentença favorável da Corte Suprema de Justiça.
O ex-presidente também responde pela explosão de uma fábrica militar que deixou sete mortos e 300 feridos e por uma outra questão judicial por omissão proposital em sua declaração de bens; é também investigado por um contrato desventajoso para o Estado para a confecção de documentos de identidade.