YEREVAN - Milhares de pessoas recordaram, nesta quinta-feira (24/04), em Yerevan, o 93º aniversário do massacre de armênios sob o Império Otomano, que o presidente armênio pediu que seja reconhecido como genocidio, apesar da Turquia repudiar terminantemente a acusação. Embora muitos países já tenham qualificado o massacre de genocídio, a negativa turca prejudica as relações entre os países vizinhos.
Milhares de pessoas caminharam até um memorial no topo de uma colina da capital para marcar o aniversário do início dos assassinatos, entre 1915 e 1923, que provocaram o exílio em massa de armênios do que constitui atualmente o leste da Turquia. Como é tradição, muitos armênios originários da diáspora viajaram à Turquia para participar na procissão.
Em discurso durante a cerimônia, o recém-eleito presidente armênio, Serzh Sarkisian, declarou que o país redobrará os esforços para obter um reconhecimento internacional do massacre como genocídio, apesar das objeções turcas. "O reconhecimento internacional e a condenação do genocídio armênio é uma parte apropriada e inevitável da agenda da política externa da Armênia", disse Sarkisian.
A Armênia calcula em 1,5 milhão o número de pessoas mortas no massacre registrado nos últimos anos do Império Otomano. Para a Turquia, no entanto, faleceram 300 mil armênios e outros tantos turcos em uma guerra civil provocada pelos armênios cristãos, apoiados pela Rússia, contra os otomanos. Os dois países não mantêm relações diplomáticas e suas fronteiras permaneceram fechadas durante mais de uma década.