Jornal Correio Braziliense

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Políticos colombianos são envolvidos em escândalo

Escândalo da parapolítica envolve ministros e senadores do governo da Colômbia

Políticos importantes do governo colombiano enfrentam os efeitos do escândalo da ;parapolítica;, que veio a tona depois de denúncias de ligações entre políticos e chefes, da agora desmoralizadas, Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC). Pelo menos outros 30 estão sendo investigados. Um chefe paramilitar das AUC, Salvatore Mancuso, afirmou, na noite desta terça-feira (22/04), que pelo menos metade do Congresso colombiano tem conexões com os grupos armados irregulares de esquerda e direita que atuam no país. Conheça alguns dos políticos de maior influência envolvidos no escândalo da ;parapolítica; Mario Uribe Escobar Senador pelo Partido Colômbia Democrática, que ele fundou com o primo Álvaro Uribe, renunciou depois de ser interpelado pela Justiça e foi preso anteontem ao sair da embaixada da Costa Rica, onde teve recusado um pedido de asilo. Nancy Patricia Gutierrez Senadora, presidenta do Congresso, é chamada de "a face social do uribismo". Eleita pelo Partido Cambio Radical, está sendo investigada desde o último dia 18 pela Procuradoria. María Consuelo Araújo Castro Ministra da Cultura no primeiro mandato do presidente, assumiu as Relações Exteriores em 2006, após a reeleição. Renunciou em fevereiro de 2007, dias depois da prisão do irmão senador. Álvaro Araújo Castro Senador e líder do partido uribista Alas Equipo Colombia, foi eleito em 2006 pelo departamento de Cesar, no norte do país. Foi preso e perdeu o mandato em 2007, sob acusação de ter assinado com mais 30 políticos e líderes paramilitares, em 2001, o Pacto de Ralito. Alvaro Araújo Noguera Ex-ministro, pai de María Consuelo e Álvaro, é acusado de antigas ligações com o líder paramilitar Jorge 40, que teria indicado a filha do político para o primeiro gabinete de Uribe. Hernando Molina Araújo Ex-governador de Cesar, renunciou em 2007, na esteira das denúncias que abalaram a família Araújo.