A busca pela cura da doença causada pelo novo coronavírus segue sem novidades. Apesar de, ao longo da semana passada, a cloroquina aparecer no centro de discussões como possível tratamento da doença, a eficácia do remédio não está comprovada. Para prestar esclarecimentos sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no combate à Covid-19, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Academia Nacional de Medicina (ANM) publicaram nota conjuta nesse domingo (12/4), com posicionamento sobre o uso da substância.
O texto que começou a circular nas redes sociais é verídico e alerta para "o uso precipitado de um medicamento baseado apenas em resultados preliminares pode trazer consequências graves e irreparáveis". A carta, assinada pelos presidentes das duas entidades, foi divulgada na íntegra no site oficial da ABC.
O texto que começou a circular nas redes sociais é verídico e alerta para "o uso precipitado de um medicamento baseado apenas em resultados preliminares pode trazer consequências graves e irreparáveis". A carta, assinada pelos presidentes das duas entidades, foi divulgada na íntegra no site oficial da ABC.
O texto também menciona que não há comprovação científica de benefício no uso de cloroquina e reforça os relatos de efeitos colaterais potencialmente significativos, restringindo o uso.
"A ABC e a ANM alertam que o uso indiscriminado da CQ e HCQ, no atual momento, não está apoiado em achados científicos robustos e publicados nas melhores revistas cientificas mundiais. Assim, enquanto não estiverem disponíveis os resultados dos estudos clínicos que estão sendo conduzidos em todo o mundo com esses dois medicamentos, testando número adequado de pacientes, de acordo com as melhores práticas cientificas, seus usos no tratamento de pacientes portadores da Covid-19 devem ser restritos a recomendações de especialistas com consentimento do paciente ou de sua família e cuidadoso acompanhamento médico".