De acordo com o conselheiro de Educação da embaixada, Erik Holm-Olsen, o desafio do programa, que começou em 2003, é escolher apenas 50 entre tantas histórias inspiradoras. No ano passado, foram 24 mil inscritos. ;São jovens muito talentosos. Tiramos os melhores dos melhores. São jovens que já fazem a diferença e queremos que continuem se destacando;, comentou.
Os candidatos que quiserem concorrer a uma das vagas, devem ter boas notas, domínio da língua inglesa e ter participado de trabalho voluntário por, no mínimo, um ano. As inscrições podem ser feitas até o dia 12 de agosto pelo site. A viagem ocorre em janeiro de 2019.
Em 16 edições, 572 jovens brasileiros participaram do programa. E quem participou, garante que a experiência muda perspectivas. É o caso do economista e cientista político, Giovani Rocha, 26 anos, Jovem Embaixador do Programa em 2009. Negro, filho de empregada doméstica e auxiliar de mecânico, ele mora na periferia do Rio de Janeiro. ;Antes dessa vivência, eu tinha um pensamento limitado. Quando voltei, quis trabalhar com algo que fizesse impacto na vida das pessoas;, destacou.
Para cumprir seu objetivo, seguiu como voluntário do projeto Líderes do Amanhã, trabalhou como consultor do Banco Mundial apoiando o Ministério da Educação na reforma do ensino médio e, em agosto, embarca para os Estados Unidos. Vai cursar mestrado em relações raciais no Brasil, política pública, racismo e impacto, tendo o curso custeado integralmente pelo governo americano.
;O Jovens Embaixadores foi essencial para eu enxergar esse objetivo. Quero um Brasil com uma perspectiva maior, mostrar o negro em posições que não sejam marginalizadas. As mudanças são complexas de serem feitas, mas os resultados vão aparecer;, enfatizou.