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Sobre o For Women in Science
Lançado em 1998, o For Women in Science, fruto de uma parceria entre a Fundação L;Oréal e a Unesco, foi o primeiro prêmio dedicado às cientistas mulheres em todo o mundo. A cada ano, cinco notáveis pesquisadoras, uma por continente, são laureadas no programa. Ao longo dos últimos 16 anos, 82 cientistas de diferentes continentes, incluindo duas que foram depois vencedoras do Prêmio Nobel, foram premiadas em cerimônias que ocorrem anualmente, na França. Cinco brasileiras foram premiadas na edição Internacional: Mayana Zatz, geneticista da USP; Belita Koiller, física da UFRJ; Lucia Previato, biomédica da UFRJ, a astrofísica Beatriz Barbuy, da USP, e a física Marcia Barbosa, da UFGRS, vencedora do prêmio em 2013.
Além do reconhecimento às grandes cientistas mundiais, o programa, em desdobramentos internacional e regionais, incentivou mais de 2 mil mulheres de 115 diferentes países a darem continuidade a suas carreiras e a seus importantes projetos de pesquisa.
Menos de um pesquisador em três é mulher
Grandes passos foram dados nas últimas décadas, mas, ainda hoje, há bem menos mulheres que homens obtendo doutorado em ciências e ocupando cargos de liderança em laboratórios, universidades e instituições de pesquisa. É o que confirma o relatório internacional encomendado pela Fundação L;Oréal para a Boston Consulting Group que mostra que, desde o final dos anos 1990, a porcentagem de mulheres na pesquisa científica aumentou apenas 12%. A pesquisa concluiu também que menos que de um pesquisador em três é mulher. A inevitável conclusão é que a equivalência entre homens e mulheres pesquisadoras pouco melhorou. Apenas 32% das bachareladas em ciências são mulheres. Essa proporção cai para 30% em mestrados e 25% para doutorados.