Em relativamente pouco tempo, a pandemia desencadeou efeitos drásticos em diversos setores da sociedade. As empresas e os funcionários não estavam plenamente preparados para lidar com tantas mudanças de repente. Todos esses fatores geram um clima de insegurança e até de desinformação dentro das corporações. Em princípio, ninguém sabe a magnitude dos impactos criados por esse novo cenário.
Por isso, contar com um comitê de crise e um programa de compliance se mostra ainda mais necessário. É o que defende Patrícia Punder, gerente sênior de compliance na consultoria ICTS Protiviti. “Hoje em dia, existe um contraponto muito grande entre economia e pandemia. Na realidade, o que estamos vendo é uma quebra de paradigma, porque o capitalismo em si, de forma estrutural, já não estava funcionando mais”, diz.
“Temos que pensar em lideranças mais humanas e éticas”, propõe a especialista em direito econômico empresarial pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com certificações na área de compliance e anticorrupção pela Fordham University School of Law e pela The George Washington University Law School, ambas nos Estados Unidos. Patrícia afirma que um programa de integridade numa empresa vai muito além de cumprir as leis.