Ainda sem data definida para a reabertura de escolas, a Secretaria de Estado e Educação do Distrito Federal (SEEDF) divulgou estratégias para a volta às aulas. O plano prevê o sistema de ensino híbrido de revezamento emergencial, em que os alunos devem ser divididos para intercalar entre aulas a distância e presenciais. Além disso, serão instalados diversos protocolos de higienização, como a desinfecção de sapatos e mochilas, uso de máscaras e álcool em gel e ainda medição de temperatura na entrada da escola.
Professora de química em dois colégios particulares, Gabriela Monteiro, 24 anos, continua a dar aulas nas instituições a distância e acredita que este ainda não é o momento de voltar para as escolas. “Ao mesmo tempo que estou morrendo de saudade da sala de aula, tenho noção de que podemos sofrer com a volta. Penso que é cedo, não sei se me sinto segura para retornar”, confessa. Gabriela explica que, no retorno, será difícil controlar a distância entre os alunos.
“Fico apreensiva. Os meninos passam longos períodos no colégio. Então, dispender esse tempo sem ter contato com ninguém é complicado”, afirma. Para a educadora, é preciso um plano mais elaborado para o retorno. O uso da máscara, por exemplo, pode ser um problema, uma vez que os professores deverão usar a voz com mais potência ainda. De qualquer forma, Gabriela já pensa nos diálogos que terá com alunos assim que voltar às aulas. “Barrar o contato físico e o empréstimo de material terão de ser reforçados todos os dias, até mesmo entre os professores, já que gostamos de abraçar, apertar as mãos”, projeta.