Funcionária há quatro anos de um restaurante no Areal, Raquel Oliveira, 31 anos, continua indo todos os dias ao trabalho, onde presta o serviço de caixa e auxiliar de cozinha. Sem esquema de delivery, o estabelecimento prepara cerca de 150 marmitas por dia. Na porta, ela e a cozinheira são quem entregam as refeições aos clientes que vão buscar. “As vendas estão boas. É mais ou menos o mesmo tanto que vendia antes”, afirma.
Antes da pandemia, a auxiliar de cozinha, que estudou até a 5ª série do ensino fundamental, trabalhava também em uma casa noturna em Vicente Pires. Enquanto o serviço no restaurante continua a todo vapor, do segundo emprego, Raquel foi demitida. “Graças a Deus, quando me dispensaram estava nos dois serviços. Se não, agora, estaria desempregada”, agradece.
Mãe de quatro filhos, Raquel diz não ter medo de voltar para rotina normal de trabalho. Junto às colegas, ela toma todas as precauções para não se contaminar e se sente protegida. “Passamos álcool em gel, usamos luvas e trocamos a máscara a cada duas horas. Também não usamos o mesmo uniforme todos os dias”, relata. Para ela, o comércio poderia reabrir todo logo, assim, quem sabe, ela poderia recuperar o segundo emprego, que fornecia uma renda fundamental para a sua família.