Nem todos conseguiram continuar com foco em concursos com o desenrolar da pandemia. Antes da crise, a advogada Karen Cherem, 30 anos, se dividia entre o trabalho autônomo, os cuidados com o filho, de 3 anos, que passava o dia na creche, e os estudos para certames. Karen acompanhava aulas on-line em casa e, nos fins de semana, alugava salas de estudo. Na crise, a advogada começou a ajudar o marido na pamonharia da família, localizada no Gama. O negócio atende por delivery. “Meu filho ia para a creche e eu conseguia estudar de manhã e à tarde. Com a pandemia, tive de mudar toda a minha rotina”, diz.
“Junta estresse e ansiedade e você não aprende nada”, comenta. Há cerca de um ano estudando para concursos, atualmente ela está inscrita em dois, o da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) e o da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Karen sonha em ser juíza. Ela iria começar os estudos para a área de magistratura agora, mas teve que adiar os planos. Para ela, o PLP 39/2020 desmotiva os estudantes. “Quem está esperando um concurso específico fica desanimado”, aponta.