O empresário do ramo de alimentação Rubens Pinheiro, 42 anos, tem uma cozinha industrial que sustenta o trailer Rubinho Refeições, em Águas Claras. Cerca de 100 almoços e “jantinhas” eram vendidos por dia, sem entregas, apenas no estabelecimento. Ele migrou para o delivery, mas as vendas não se equiparam com a versão presencial: houve queda de 60%.
“Estava superotimista para este ano, as coisas estavam fluindo”, desabafa. O empresário não demitiu nenhum dos cinco funcionários. Adiantou as férias de quatro deles e manteve uma. A namorada ajuda na montagem das marmitas, e ele entrega na região. Apesar da queda no rendimento, Rubens não desanima e pensa no que fará futuramente.
Ele acredita que, mesmo quando o comércio voltar à atividade, as pessoas ainda resistirão a sair de casa por um tempo. Por isso, a ideia é investir no marketing do delivery nas mídias sociais e continuar com as entregas. “O mercado mudou, o empresário precisa se reinventar. Eu creio que o Brasil vai ser um país diferente depois do coronavírus. É um divisor de águas”, afirma.