O fechamento do comércio exigiu que a chef Ana Paula Boquadi, 31 anos, adaptasse as vendas para não fechar as portas. O restaurante vegano na 407 Norte, que fornece refeições orgânicas, livres de soja e glúten, mantinha uma boa movimentação semanal e a crise não impediu que continuasse a ter.
A entrega de marmitas era feita antes mesmo de o Buriti Zen se tornar uma loja, porém em menor escala. Em vez de contratar o serviço de algum aplicativo de delivery, Ana escalou o gerente para fazer as entregas. Se preferir, o cliente pode buscar a comida no próprio estabelecimento. Estão sendo vendidas, em média, cerca de 50 refeições ao dia. Ana Paula conta que esse é mais ou menos o mesmo padrão de vendas de antes. “Eu me sinto privilegiada de poder continuar sendo cozinheira, enquanto vários profissionais não podem trabalhar”, confessa.
Com tanta aderência, o serviço delivery continuará após o fim da pandemia. A chef pretende colocar todos os gastos que terá futuramente para manter o formato, uma vez que pretende contratar alguém só para a função. “Eu tenho certeza de que a demanda vai crescer. Acredito que as pessoas vão mudar também o padrão de consumo”, diz.
As medidas de higiene não deixam de ser feitas. Para evitar aglomeração, faz rodízio de funcionários, deixando somente dois no restaurante por dia. Os uniformes são vestidos na loja, para evitar que seja usada a mesma roupa que veio da rua. O contato com os clientes, mesmo quando a marmita é buscada no local, é mínimo. Há também a preferência pelo pagamento por transferência bancária em vez de por de cartão ou dinheiro.