Antes mesmo de as soft skills serem consideradas as habilidades do momento, a comunicação era uma competência disputada entre os empregadores. “É a base para muita coisa. Ela pode ajudar, mas também pode atrapalhar muito. Então, a pessoa que tem essa capacidade está muito à frente das outras”, frisa a psicóloga e analista de recursos humanos da QI Agência Thainá Passos. Ela considera que competências como boa comunicação, pontualidade, trabalho em equipe e proatividade sempre serão muito requisitadas pelos recrutadores.
Da mesma forma que a comunicação é um talento bem-visto pelas empresas, também pode ser um problema se feita de forma inapropriada. Um estudo desenvolvido pela plataforma de ensino on-line Udemy entrevistou profissionais de escritórios nos Estados Unidos para analisar o comportamento no ambiente de trabalho. A pesquisa mostrou que o que mais incomoda os funcionários são fofocas, discussão sobre política, uso de palavrões e conversas sobre relacionamentos amorosos.
Para os empregadores, o falatório é difícil de controlar, principalmente se a instituição for de grande porte. Cabe então aos funcionários terem consciência das consequências que uma fofoca ou outra pode trazer. Lara Amorim, psicóloga e líder do time de recursos humanos da Sólides, também chama a atenção para aquele funcionário que leva informações de dentro da empresa para pessoas de fora. “Precisa haver uma reflexão sobre qual imagem a gente quer ter como colaborador. A pessoa que passa ou distorce alguma informação que não deveria está prejudicando não só a empresa como sua própria imagem”, observa.
"Precisa haver uma reflexão sobre qual imagem a gente quer ter como colaborador. A pessoa que passa ou distorce alguma informação que não deveria está prejudicando não só a empresa como sua própria imagem”
Lara Amorim, psicóloga e líder do time de recursos humanos da Sólide