Ótimo, você já decidiu que vai estudar fora. Já convenceu a família de que isso é o melhor para a sua vida e agora sairá em busca dos seus sonhos. Ok, iniciaremos a jornada! Primeira parada: escolher o país, afinal, para quem não sabe o destino, qualquer lugar serve, já diz o ditado. Dessa forma, verifique se o país sonhado tem instituições relevantes na carreira escolhida. Não adianta tanto esforço e dinheiro aplicados em uma instituição que não valha a pena.
Por isso, pesquisar é tão importante. Visite os sites das universidades, verificando se nelas há programas específicos para o ingresso de alunos estrangeiros, os tipos de cursos oferecidos, a duração, os valores anuais e taxas de inscrição, os planos de estudo, as possibilidades de alojamento dentro do câmpus. Veja também as formas de contato direto com a instituição para esclarecimento de dúvidas pontuais durante o processo de candidatura. Se a escolha do país e da universidade ainda não foi feita, a dica é passar o pente-fino nos sites de buscas acadêmicas dos diferentes países.
Acesse!
Se o destino escolhido for os Estados Unidos, os sites collegeboard.org e o usnews.com/education podem abrir um pouco os horizontes. Para a Europa, o studyineurope.eu proporciona um panorama completo de universidades e países do Velho Continente. E, por falar em Europa, Alemanha e França têm plataformas completas e exclusivas para os estudantes: o portal alemão daad.de/en e o francês bresil.campusfrance.org oferecem o caminho das pedras para estudar nos dois países. Além disso, todos esses sites contam com informações sobre programas de bolsa e o prazo para se candidatar às vagas existentes.
Verificandoo seu nível no idioma
Estudar em outro país abre a reflexão sobre o seu nível de proficiência em outros idiomas, pois um dos principais requisitos de ingresso do estudante estrangeiro nas universidades internacionais é a comprovação de que você sabe ; e bem ; a língua do lugar para onde quer ir. A apresentação da sua pontuação, em um exame de proficiência é condição para o processo de seleção. Os centros de idiomas aqui no Brasil, por melhores que possam ser, não substituem as certificações oficiais com validade internacional.
O nível de fluência do aluno em todas as destrezas linguísticas ; expressão oral, expressão escrita, consciência comunicativa, compreensão leitora e auditiva ; precisa ser comprovado por uma das provas oficiais, de acordo com o país escolhido para a candidatura à universidade. São vários os tipos de certificação, e cada instituição poderá exigir um exame diferente. A quantidade de pontos que o candidato deverá apresentar na prova também dependerá da universidade. Por exemplo, a média pedida por algumas universidades americanas no Toefl (Test of English as a Foreign Language) é de 61 pontos, o que equivale a um nível intermediário do idioma, porém as melhores universidades pedem de 80 a 100 pontos de uma avaliação que chega até o máximo de 120 pontos totais.
Fazendo uma breve lista dos exames de certificação mais pedidos pelas universidades estão:
; O Toefl é a principal certificação de língua inglesa, aceita pela maioria das instituições americanas e canadenses. Saiba mais: ets.org/pt/toefl
; A segunda avaliação mais concorrida é o Ielts (International English Language Testing
System), normalmente solicitado pelas universidades da Europa e da Oceania. Saiba mais: takeielts.britishcouncil.org
; Para a língua espanhola, existem: o Dele (Diploma de Español como Lengua Extranjera), e o Siele (Servicio Internacional de Evaluación de la Lengua Española). Saiba mais: brasilia.cervantes.
es/br/diplomas_espanhol/
informacao_diplomas.
htm siele.org/pt
; Já para o francês, temos o Delf (Diplôme d;Études en Langue Française) e o Dalf (Diplôme
Approfondi de Langue Française). Saiba mais: ciep.fr/pt/delf-dalf
Não importa o país escolhido, sempre haverá uma certificação de proficiência linguística a ser pedida aos estrangeiros. Dessa forma, o quanto antes você começar a se preparar para elas, mais chances terá de conseguir maiores pontuações na prova e de ser aceito na universidade dos sonhos. Nos sites de cada certificação, você encontrará todas as informações necessárias: as datas de aplicação das provas; as políticas de pontuação; as destrezas linguísticas avaliadas; o tempo de duração do exame e os valores de inscrição. O melhor dos sites, porém, são os simulados e provas anteriores disponíveis para a preparação dos candidatos. Existe ainda o testden.com, que verifica o seu nível para o Toefl e o Ielts.
Porém, todavia, contudo, se você quer ter uma experiência acadêmica fora do país, mas não fala outro idioma, há duas alternativas. A primeira é tentar ser aceito em uma universidade portuguesa, ou adiar o início do curso acadêmico para fazer um intercâmbio de idiomas. Nesse caso, é necessário chegar pelo menos um ano antes de iniciar o processo de candidatura. Um ano de imersão no idioma é um bom tempo para ganhar proficiência e conhecer a cultura do país antes de mergulhar na vida acadêmica. A questão é que esse adiamento compulsório pode atrasar, e muito, o fim da sua graduação.
Algumas poucas instituições têm o curso pré-universitário, onde o aluno pode ;correr atrás; da pontuação que falta e refazer a prova de certificação do idioma. Dessa forma, a universidade pode oferecer uma oportunidade a mais de conseguir os pontos que faltam. Essa opção só é dada ao aluno quando restam pouquíssimos pontos para que o candidato alcance o score de proficiência exigido pela instituição. Por exemplo, o aluno tem uma pontuação de 89 no Toefl e precisa ter de 95 a 100 pontos, para entrar em determinada universidade. Assim, como o nível de proficiência do aluno já é alto, a instituição lhe dará até seis meses de preparação antes de começar as aulas. Nesse tempo, é possível melhorar o nível do inglês, e assim, refazer o teste de certificação para atingir os pontos que faltam.
Entendendo o processo de admissão
No Brasil, o processo de seleção para entrar em uma universidade, em geral, é feito pela nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou pela nota de outros vestibulares. Lá fora, esse processo leva em conta diferentes aspectos da vida do candidato, não apenas um número. Além do desempenho acadêmico, as atividades extracurriculares e as qualidades pessoais também contam. Dependendo do perfil da instituição, cada um desses aspectos terá um peso maior ou menor. Muitas universidades querem saber as paixões do aluno e suas conquistas fora de sala de aula, como prática de esportes, trabalhos voluntários, cursos técnicos realizados junto com o ensino médio regular etc.
Tudo isso pode fazer o candidato ficar muito à frente dos concorrentes na briga por uma vaga. O processo de aplicação é feito por etapas, é preciso apresentar uma série de documentos nos prazos divulgados nos editais de candidatura. Os documentos, normalmente, são os mesmos para a maioria das instituições americanas e canadenses, mas as exigências das universidades e escolas europeias e da Oceania podem ser diferentes. Por isso, é necessário entender as regras de candidatura de cada país e começar a trabalhar para apresentar toda a documentação pedida.