O 2; lugar do Darcy Ribeiro deixou medicina por psicologia
Ex-aluno do Centro Educacional Sigma, o jovem não fez cursinho preparatório e teve uma rotina inteiramente baseada no estudo em casa ; cerca de quatro horas e meia por dia além do tempo dedicado à escola. A receita para o sucesso de Felipe não se encontra em um tempo dedicado especificamente para o PAS, mas em algo que muitos alunos acabam deixando de lado: a atenção às aulas. ;Meus amigos me procuravam perguntando como eu fazia para estudar e eu sempre dizia que esse é o primeiro passo.; O foco do novo calouro de psicologia nos estudos contrasta com a indecisão nos meses que antecederam a prova. Escolher qual curso fazer foi difícil: ele ficou em medicina e chegou a cogitar medicina. A mãe, psicóloga, aconselhou o filho a fazer medicina e, com as notas obtidas, ele, certamente, teria sido selecionado, mas a decisão de Felipe se deu por uma série de fatores.
;Eu não queria curso de exatas, mas também não queria algo 100% de humanas. Quero trabalhar com, pesquisa, experimentos. A psicologia é teórica, mas é uma ciência e eu me encontrei nela;, diz Felipe, cujo pai é militar. Aprovado com louvor no Programa de Avaliação Seriada, o jovem deixa dicas para quem deseja seguir os passos dele. ;Quem for começar a fazer o PAS agora, deve começar a se dedicar o quanto antes. Existe uma ideia errada de que a primeira e a segunda etapa não valem tanto, mas elas fazem a diferença.; Caso a pontuação nas fases iniciais não venha a contento, a dica é se reerguer ; como fez Felipe, que conseguiu pontuação bem mais alta na última etapa por ter se esforçado bem mais no 3; ano do ensino médio.
A 1; colocada de Ceilândia vai estudar enfermagem
A inclinação da família paterna pelas ciências biológicas ; avô, pai e tio são graduados em biologia ; chegou a fazê-la cogitar esse ramo. Ela também pensou em fazer medicina. Porém, objetivos profissional e pessoais fizeram a jovem escolher a enfermagem. ;Gosto muito de cuidar das pessoas, de dar assistência. Esse curso cumprirá bem o que eu quero não apenas para o trabalho, mas para minha realização pessoal;. Aime tirou 52 pontos na primeira etapa; 52, na segunda; e 58 na terceira. Ex-aluna do Claretiano- Centro Educacional Stella Maris, a moradora de Taguatinga Norte usava o horário contrário às aulas para estudar especificamente para os vestibulares que faria, aproveitando o conteúdo recebido em sala de aula com o máximo de exercícios da UnB. Com a experiência de alguém que, desde muito nova se importou com o PAS, a estudante aconselha aqueles que passarão por cada etapa, individualmente.
;Para quem está na primeira etapa: priorize o PAS. Não é apenas o colégio que está em jogo, mas o futuro profissional. Quem não se sair bem nessa fase deve se persistir. Para os que estão no 3; ano, o segredo é ralar e estudar o máximo que der, sem se deixar influenciar pela perspectiva de emprego ou quanto vai ganhar na hora de escolher qual curso fazer;, orienta. Aime contou com a ajuda do cursinho on-line Descomplica. Para ela, fez diferença prestar atenção à parte de exatas da prova. ;Mas não se restrinja a cada matéria especificamente e pense em como um assunto pode ser explorado: a interdisciplinaridade é muito forte.;
O 2; colocado do câmpus Gama mira o ITA
As notas dele nas três etapas foram, respectivamente, 84, 69 e 53 pontos. Apesar de ter passado na UnB, os planos para o futuro são outros. ;Quero estudar engenharia eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e completar a formação na França. Por isso, não vou me matricular na Universidade de Brasília;, afirma. De acordo com Thiago, ele não estudou e também nunca fez cursinho para fazer a prova do PAS. ;Eu só prestava atenção às aulas e fazia inglês às terças e quintas-feiras na época do ensino médio;, lembra. A dica dele para quem deseja ter bom desempenho em seleções como essa é revisar provas anteriores. A mãe de Thiago é cirurgiã dentista e professora aposentada e o pai, analista judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
*Estagiários sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa