Um erro de comunicação no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) causou transtorno na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no DF. Candidatos que fariam a prova no Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), em Taguatinga, foram avisadas que a prova havia sido cancelada no local. No entanto, os inscritos que foram até lá encontraram toda a estrutura para a realização do exame preparada e conseguiram entrar para participar da avaliação.
O órgão reforça que os estudantes que não foram ao local fazer a prova por terem recebido a mensagem do cancelamento poderão fazer o exame na nova data, 3 e 4 de dezembro. O levantamento de quem terá direito a realizar a avaliação será baseado na lista de presença. O mesmo aconteceu no câmpus Amazonas da Universidade Federal do Oeste do Pará.
[SAIBAMAIS]O Cemab está entre as escolas que foram ocupadas no Distrito Federal e entrou na lista do Inep de locais com provas canceladas. A atualização ocorreu na madrugada deste sábado (5).
O estudante Thiago Luiz Santos, 16 anos, recebeu a mensagem do Inep sobre o cancelamento às 11h16, mas o celular estava sem bateria. Ele tinha dúvidas se ia ou não ocorrer a prova no local, porque alguns amigos disseram que a escola estava ocupada. Na dúvida, ele foi fazer o exame e percebeu que a sala estava bem vazia. "Muita gente deixou de vir por conta da ocupação, eu acho que acabou prejudicando", comentou.
Segundo a direção da escola, a instituição foi informada que o local seria mantido para aplicação da prova. Salas e pátio foram limpos e o Inep ficou responsável pela escola nesse período. A direção não recebeu, no entanto, a informação de que os inscritos tinham recebido avisos sobre o cancelamento.
Ocupação
A escola foi desocupada de maneira pacífica na última terça-feira (1;), horas depois do prazo oficial estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) para que os locais de provas fossem liberados em tempo hábil para aplicação do Enem. A Polícia Militar, o Conselho Tutelar e o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, participaram das negociações para a saída.
A ocupação no Cemab começou em 27 de outubro e participaram do movimento estudantes, pais e professores. O protesto faz parte de movimento nacional contra a medida provisória que reforma o ensino médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que impõe limite aos gastos públicos pelos próximos 20 anos e hoje tramita no Congresso Nacional como PEC 55.