Trabalho e Formacao

Bijuterias sobre rodas

Casal de Brazlândia faz sucesso vendendo acessórios na Esplanada e nas proximidades do Palácio do Buriti e de faculdades. A meta, agora, é expandir o negócio por meio do sistema de franquias

Ana Paula Lisboa
postado em 13/09/2015 14:52

Casal de Brazlândia faz sucesso vendendo acessórios na Esplanada e nas proximidades do Palácio do Buriti e de faculdades. A meta, agora, é expandir o negócio por meio do sistema de franquias

Na capota de um Fiorino, a estrutura de uma loja de bijuterias ; com a vantagem de alcançar clientes nos mais diferentes lugares. Essa é a proposta da Biju Móvel, que começou a circular pelas avenidas do Distrito Federal há cinco meses vendendo brincos, colares, anéis e pulseiras. À frente da empreitada estão Gledson Alexandre, 37 anos, e Mércia Alexandre, 36. De segunda a quinta-feira, o casal, que mora em Brazlândia, trabalha na Esplanada, a cada dia em um ministério diferente. Na sexta-feira, fazem das proximidades do Palácio do Buritis seu ponto de vendas. À noite, dirigem-se a diversas faculdades particulares, como Iesb, Unip, UniCeub e Unieuro para atender universitárias.

Eles não perdem a oportunidade de se apresentar em eventos, como Expotchê e MotoCapital, e também atendem a pedidos de clientes para atenderem em domicílio. ;Meu negócio é planejar, fazer networking, estabelecer padrões;, conta Gledson. A formalização e a parte tributária da empresa também ficam a cargo dele. ;Desde o início, me preocupei com a questão da legalidade porque queremos gerar emprego e renda. Nos registramos como MEI (microempreendedor individual).;

;Escolho todas as peças a dedo de fornecedores de Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Tenho muito cuidado com isso e não trago várias unidades do mesmo modelo, porque mulher gosta do que é exclusivo;, explica Mércia, que fica responsável pelo atendimento ao público e pelas vendas.

Planos
A parceria de marido e mulher tem dado certo. ;Não temos do que reclamar com relação às vendas;, comemora Gledson. Por causa do êxito, eles pensaram em maneiras de crescer. Além do carro equipado, Mércia e Alexandre inventaram outro modelo para chegar aos clientes: as maletas do sucesso, tipo de mostruário coordenado por revendedoras. ;Queremos deixar essas maletas em salões de beleza e fazer as peças rodarem em diversos espaços;, revela Gledson. As consultoras não precisam comprar as bijuterias, que são cedidas em consignação. A primeira revendedora entrou para o time Biju Móvel em julho, e outras devem entrar agora. Tão animados com os resultados, os dois pensam em ter franqueados. ;Estamos formatando para fraquear e espalhar uma rede. Não quero só Brasília, quero o Brasil;, planeja Gledson.

A origem da ideia
Administrador, pós-graduado em logística e consultor em coaching executivo, Gledson foi gerente comercial de uma empresa até agosto do ano passado, mas viu portas serem fechadas. ;Fui demitido, e disseram que eu sonhava muito alto, que queria coisas grandes demais. E estavam certos;, conta Alexandre. Foi então que ele se lembrou de um protótipo de negócio que tinha criado durante a faculdade de administração. ;A Mércia sempre vendeu bijuterias e acessórios, e vi que isso tem futuro. Então, na faculdade, em um dos trabalhos, criei uma proposta de uma loja itinerante;, recorda. A partir daí, o casal resolveu aplicar o plano. Eles contaram com o apoio do filho, Vinicius, que tem 16 anos, e dos dois filhos de Mércia ; Fernanda, 23, e Filipe, 21 ; na empreitada.

;Eu trabalhava no comércio e pedi demissão para investir na proposta. Quando ele chegou com a ideia, no início, fiquei com medo, mas percebi que tinha potencial;, recorda-se Mércia. A instabilidade na economia brasileira não diminuiu a vontade de empreender, como explica Gledson. ;Não vi crise, vi oportunidade. Mas as coisas têm que ser sonhadas e planejadas para darem certo.; Os dois venderam um carro e pegaram um empréstimo bancário para realizar o projeto e, em 13 de março, no dia do aniversário de Mércia, saíram às ruas pela primeira vez. ;Começamos em frente à Catedral. Logo no início, a recepção foi muito boa, as pessoas ficaram encantadas com o projeto. Uma servidora do MEC (Ministério da Educação) deu a dica para vendermos em frente aos ministérios e passamos a circular por ali.;


"Começamos em frente à Catedral. Logo no início, a recepção foi muito boa, as pessoas ficaram encantadas com o projeto;
Mércia Alexandre

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