Ela e o irmão Paulo Sarkis, 30, tiveram a ideia para o negócio e chamaram o amigo dos tempos de escola Rodrigo Paulúcio, 30, para a empreitada. A primeira casa especializada só em rolinhos primavera do Brasil foi aberta em 29 de maio do ano passado e, prestes a completar um ano, apresenta os frutos de muito trabalho duro e pesquisa. Por dia, são cerca de 300 pessoas atendidas, e os sabores mais populares são camarão com cream cheese e Nutella com banana. ;Contamos com uma clientela fiel e estamos numa crescente de público. Oferecemos preço acessível e temos equilíbrio nas contas, apesar dos altos custos de aluguel e implantação. Estamos satisfeitos;, comemora Paulo. Além dos pedidos na loja, a casa oferece serviço de entregas, vende rolinhos congelados para serem fritos em casa e oferece minirrolinhos para eventos, que são vendidos por cento.
Como acreditou no negócio desde o início, o trio planejou e executou o modelo da SpringNow de forma que pudesse ser replicado por meio de franquia. ;A aceitação foi imediata e, já no primeiro dia, tinha gente perguntando se poderia ser franqueado. Preferimos amadurecer a empresa e, agora, chegamos a um ponto em que podemos começar a expandir por esse caminho. Toda a produção será nossa, o franqueado só precisará de uma fritadeira, pois receberá o produto congelado;, conta Rodrigo. O nome, em inglês, sempre despertou curiosidade. ;Muita gente não acredita que é um restaurante brasileiro, acha que é um modelo que veio de fora;, diz Thaís. O projeto mais recente dos empreendedores é um food truck, que deve começar a rodar pelo DF em breve.
Pesquisa
Os três sócios são de áreas diferentes e uniram conhecimentos complementares em prol do negócio. Thaís é jornalista e designer; Paulo é engenheiro civil e sócio em uma construtora e acumula experiências com empreendedorismo numa empresa de bebidas e numa agência de turismo; e Rodrigo é graduado em direito, trabalhou em restaurantes na Austrália e na Nova Zelândia e, como é filho da dona de um bufê e de uma confeitaria, está acostumado com a rotina do ramo de alimentação. Na hora do trabalho, eles se dividem: a parte de comunicação e estética do negócio cabe a Thaís, Paulo administra a área financeira e capta recursos, enquanto Rodrigo fica no restaurante todos os dias, lidera a equipe de sete funcionários e cuida de folha de pagamentos, supervisiona a qualidade dos rolinhos e do atendimento. Quando precisam entrar em consenso para decidir algo, a escolha é democrática. ;Como estamos em três, votamos;, revela Thaís.
Um dos grandes segredos dos jovens empreendedores, além de ter coragem, perseverar e acreditar no negócio, é conhecer bem o próprio produto. ;Quando tivemos a ideia, não entendíamos nada de rolinho primavera nem de como colocar em prática. Não dá para fazer tudo sozinho, é preciso procurar especialistas. Fomos atrás de consultoria para análise de mercado, plano de negócios, procuramos uma chef e uma nutricionista. Afinal, se vamos fazer uma casa só de rolinho primavera, precisamos ser os melhores nisso;, revela Thaís. Antes de abrir as portas, o trio passou um ano planejando e preparando tudo. ;Precisávamos ver se havia viabilidade. Levou tempo e exigiu dinheiro, mas valeu a pena;, observa Rodrigo. ;Fizemos tudo o mais correto possível, testamos os sabores e chegamos a um ótimo cardápio;, avalia a empresária.
Durante os 365 dias de planejamento, o projeto foi mantido em segredo até dos familiares. ;Tínhamos medo de que alguém roubasse a ideia;, admite Paulo. Apesar do extenso planejamento, muita coisa só pode ser ajustada no dia a dia. ;Pensávamos que seria uma linha mais fast-food com pedidos no balcão, mas percebemos que os clientes querem sentar-se à mesa e ser atendidos, então nos adaptamos a isso e oferecemos as duas opções;, revela Rodrigo.