Foram cinco dias de treinamentos, workshops, jogos relacionados ao tema de inovação e criatividade e palestras com mentores. O objetivo da competição era que os 27 grupos de três jovens que não se conheciam identificassem uma oportunidade de negócio em seu estado que fosse inovadora. Depois de elaborarem o plano de negócio e decidirem se a ideia era viável, os participantes apresentaram os projetos e foram avaliados ao fim de cada dia. A banca de jurados era composta por dois especialistas do Sebrae e três potenciais investidores.
Os vencedores, os pernambucanos Hugo Soares, 21 anos, aluno de administração, Larissa Santana, 20, estudante de engenharia de minas, e Lucas Silva, 20, aluno de engenharia, chegaram a Brasília ainda sem ideias, mas Larissa encontrou inspiração ao lembrar uma reclamação da mãe de que sempre quando vai a um médico diferente tem que levar todos os exames que já fez. A partir dessa ideia, eles criaram uma plataforma on-line que fornece o prontuário eletrônico com todo o histórico do paciente. Será uma ferramenta sem custos para o cliente, pois já estará incluído no preço do convênio médico. Eles entraram em contato com um plano de saúde, que apoiou a ideia. ;Esse foi nosso grande diferencial porque nenhuma outra equipe conseguiu isso;, afirma Hugo. Como prêmio, eles ganharam uma viagem internacional de 10 dias a um centro de empreendedorismo na Espanha e um tablet para cada integrante. Os estados de Sergipe e Rio Grande do Norte ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.
O diretor técnico nacional do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, destaca que o objetivo do projeto é desenvolver habilidades empreendedoras que são úteis nos diversos campos da vida dos jovens. ;Eles formam equipes, têm diversas tarefas e vivem o dia a dia de uma empresa. Isso é importante porque uma parte dos universitários, no fim da graduação, vai abrir um negócio;, diz.
Trabalho em grupo
A equipe do Distrito Federal conseguiu se classificar entre as dez primeiras, com o projeto de uma creche em que o cliente paga por hora, e não por mês, e que possui um sistema de alto rigor no monitoramento de entrada e saída de pessoas. De acordo com Pedro Marcelo, 20 anos, estudante de contabilidade da Universidade de Brasília (UnB), o grande aprendizado foi trabalhar com uma equipe que ele não conhecia e entrar num consenso sobre o que fazer. ;Eu tinha minha ideia, mas o mais desafiador foi decidir o que seria algo inovador. Depois dessa fase, tivemos que defender o projeto da melhor maneira e ter foco no nosso grupo.;
No total, 12 mentores orientaram os projetos das equipes durante os dias de preparação do trabalho. ;A ajuda deles foi fundamental para nós;, destaca Larissa, uma das vencedoras. Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora, empresa que apoia iniciativas de tecnologia na área de capital e gestão, contribuiu com a exposição de conteúdos mais práticos. Um dos pontos importantes nesse momento foi a análise do capital inicial e se a empresa era viável financeiramente. ;A gente não trabalha com a viabilidade econômica por completo, mas eles percebem os pontos que podem travar a viabilidade;, explica.
Preparação
A iniciativa é uma junção de várias atividades que a instituição já produzia, como o antigo Desafio Sebrae e ações em universidades de todo o país, que culminaram num grande programa para incentivar os graduandos de qualquer área para desenvolverem o espírito empreendedor.
Inscrições
abertas
O ciclo de 2014 do Desafio Universitário já está aberto para estudantes juntarem pontos durante todo o próximo ano. A etapa final deve ocorrer em dezembro. A meta do programa é atingir 1,5 milhão de alunos nos vários jogos que simulam a criação de uma empresa. Para participar, é preciso se inscrever pelo site www.desafio.sebrae.com.br.