Nenhum estrangeiro trabalhará no Distrito Federal. Os profissionais têm até amanhã para homologar a inscrição. Até ontem, somando-se a quantidade de formados no exterior aos 938 brasileiros que já confirmaram participação, e outros 367 que tiveram nova chance de selecionar o município de alocação, chega-se ao número de 2.020 profissionais ; equivalente a 13% da demanda de 3.511 municípios, que é de 15.460 profissionais. Nesta semana, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o resultado ;supera a expectativa inicial;.
Ontem, no Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender o programa e lembrou que os brasileiros têm prioridade. ;Não havendo médicos (brasileiros) para preencher essas vagas, aí preencheremos com médicos estrangeiros, com diploma fora do Brasil. Não há no mundo uma atitude de preconceito com estes fatos;, disse.
Assim como ocorreu com os profissionais formados no Brasil, a quantidade de médicos com diploma do exterior que concluíram o cadastro foi bem inferior ao número inicial de inscritos, já que, inicialmente, 1.920 estrangeiros cadastraram-se. Pouco mais de 18 mil médicos com diplomas do Brasil e do exterior inscreveram-se, mas cerca de 700 tiveram o registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) inválidos.
O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d;Ávila contesta os números apresentados pela Saúde e afirma que houve problemas no processo de inscrição. ;Eles (os médicos brasileiros) foram impedidos, tudo para privilegiar o médico formado no exterior para vir sem diploma;, disse. Já o Ministério da Saúde alega que dos 7.333 CRMs considerados inválidos no primeiro mês de inscrições, 6.341 não estavam sequer preenchidos e outros tinham sequências em branco com ;0000; no campo de dígitos.