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A matrícula dos aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar alunos para universidades e institutos federaisa, era para acontecer normalmente de 29 de junho a 9 de julho. O problema é que a maioria das instituições está em greve. Problemas nas matrículas foram encontrados, segundo O Ministério da Educação (MEC), nas universidades federais do Ceará, do Recôncavo da Bahia e do Piauí e em alguns câmpus da Universidade Federal de Tocantins e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), os técnicos-administrativos não só se negaram a realizar as matrículas, como impediram que elas acontecessem. Eles permanecem em vigília em frente ao pavilhão onde seriam realizadas as matrículas dos aprovados em primeira chamada no Sisu para não deixar ninguém entrar. Até agora, nenhuma matrícula foi feita. Aída Maia, diretora do comando local de greve do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFBA e UFRB (Assufba), informa que é um modo de pressionar o governo: ;É uma radicalização para o governo negociar com os servidores. É preciso ficar claro que os prejuízos são culpa do governo e não culpa nossa;. Segundo Aída, quando os aprovados no Sisu foram impedidos de entrar para se matricular, eles não ficaram chateados porque entendem que ;a causa dos servidores é justa;. A adesão dos servidores à greve nos quatro câmpus da UFRB varia entre 80% e 90%.
Mariana Andreia da Silva, chefe de registros acadêmicos da UFRB, confirma a ausência de matrículas: ;Nenhum aluno foi registrado porque o comando de greve não deixou. Aguardamos uma proposta da reitoria para solucionar esse problema;.
Na Universidade Federal Tecnológica do Paraná, as matrículas continuam. Se houver problema, os alunos poderão enviar documentos por correio para serem matriculados.