Candidatos para o 13; Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se preparam para a primeira fase, cujas provas serão aplicadas neste domingo (13/4). Além de estudar em casa, muitos candidatos recorrem a cursos preparatórios presenciais e on-lines para garantir a aprovação, requisito necessário para a atuação como advogado.
Lívia de Andrade, 24 anos, tentará pela segunda vez a aprovação no exame da OAB. Para isso, se matriculou há três meses em um curso on-line pela manhã, e à tarde, analisa provas de outras edições, artigos de direito, e faz anotações. "Preciso ficar atenta com as ;pegadinhas; que o exame traz para confundir os candidatos. Apesar de já ter graduado em direito, acho que a faculdade não dá base suficiente para quem quer passar no exame, estão mais preocupadas em preparar para concursos públicos", conclui.
O estudante do último semestre em direito, José Fernandes, 26 anos, fará a prova pela primeira vez e se diz ansioso. "Comecei a estudar antes mesmo de me inscrever, já que estou também em fase de conclusão de curso. Fiz a matrícula em um cursinho, com aulas presenciais de segunda a sábado, por quatro meses. O ritmo de estudos está pesado e apesar do nervosismo, espero que esteja preparado para essa etapa e, assim, começar a estudar para a segunda fase", conta.
Já o advogado João Filipe de Carvalho, 26 anos, estava no 9; semestre do curso de direito quando foi aprovado, em junho de 2010. Para se preparar para o exame, fez cursinhos durante quatro meses antes da primeira fase, e mais dois meses, para a segunda fase. "Na preparação para a primeira fase, eu estudava no cursinho de segunda a sábado. Quando saiu o resultado, voltei ao cursinho, e me preparei durante o período anterior a segunda fase. O cursinho me ensinou pontos importantes, como por exemplo, o que escrever e a forma que eu deveria abordar a área do direito que escolhi para a prova descritiva," relata Carvalho.
Apesar do ritmo intenso de estudos e a da obrigatoriedade do exame para quem quer atuar em áreas jurídicas, tanto os candidatos quanto o advogado entrevistados acreditam que o exame é importante para o exercício da profissão. "Acredito que aplicação do exame não é a melhor maneira de avaliar o conhecimento dos candidatos, já que praticamente temos que decorar o que possivelmente será cobrado, porém, é um meio de qualificar e valorizar a profissão", afirma José Fernandes. O advogado João Filipe concorda que o exame não é o melhor meio de avaliação. "Seria melhor se os estudantes vivenciassem os processos, como uma residência", explica.
[SAIBAMAIS]O Conselho Federal da OAB já disponibilizou a relação com os locais de realização da prova objetiva desta primeira fase, por meio de consulta no da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A prova objetiva será composta por 80 questões de múltipla escolha, com quatro opções (A, B, C e D) e uma única resposta, de acordo com o comando da questão, abragendo as disciplinas profissionalizantes obrigatórias e integrantes do currículo mínimo do curso de direito, além de questões sobre o Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94) e seu Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina, Direitos Humanos, Código do Consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, Direito Ambiental e Direito Internacional. A etapa subjetiva ou prova prático-profissional será aplicada em 1; de junho.
O Exame de Ordem pode ser prestado por bacharel em direito, ainda que pendente apenas a sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. Poderão realizá-lo os estudantes de direito do último ano do curso de graduação em direito ou dos dois últimos semestres. Nesta edição, caso o candidato não passe na segunda fase do exame, poderá reaproveitar o resultado da primeira fase e refazer apenas a segunda fase.